sexta-feira, 2 de março de 2012

A origem da Filosofia Cristã (Filosofia Medieval)


No século II d.C. o Império Romano entra em declínio e o cristianismo começa sua expansão.

Com a dissolução do Império, as invasões bárbaras e o desaparecimento das instituições, os centros de difusão cultural também se desagregaram. Nesse momento a Igreja Católica se tornou uma das maiores instituição do Período Medieval.

Diversas interpretações da doutrina cristã e outras religiões pagãs se faziam presentes no contexto europeu. Foi através do Concílio de Nicéia, em 325 d.C., que se assentaram as bases religiosas e ideológicas da Igreja Católica Apostólica Romana. Através da centralização de seus princípios e a formulação de uma estrutura hierárquica, a Igreja teve condições suficientes para alargar o seu campo de influências durante a Idade Média.

Na idade média a filosofia Cristã pode ser dividida em duas etapas:

Do século I ao IX d.C. período denominado de Patrística.

Do século X ao XIV d.C. período denominado de Escolástica.

Patrística


A patrística resultou do esforço feito pelos dois apóstolos intelectuais (Paulo e João) e pelos primeiros Padres da Igreja para conciliar a nova religião – o Cristianismo - com o pensamento filosófico dos gregos e romanos, pois somente com tal conciliação seria possível convencer os pagãos da nova verdade e convertê-los a ela. A Filosofia patrística liga-se, portanto, à tarefa religiosa da evangelização e à defesa da religião cristã contra os ataques teóricos e morais que recebia dos antigos.

Paulo – é uma das figuras mais importantes do Novo Testamento. As informações sobre sua vida estão nos Atos dos Apóstolos e nas Cartas que ele escreveu para várias comunidades cristã que ele fundou (presentes na Bíblia). As cartas de Paulo são uns dos documentos mais importantes para o Cristianismo e para a Patrística.

Filhos de judeus e cidadão romano, antes de converter-se, perseguia os cristãos.

Homem bem preparado, além de conhecer a religião dos Judeus, possuía boa noção de filosofia e da religião grega da época.

João – Herda de seu pai a profissão de pescador, conheceu Jesus na Galiléia.

“...Estava na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. E Jesus os chamou. Eles deixaram imediatamente a barca e o pai, e seguiram a Jesus”. (Mateus 4 : 21-22)

Um dos 12 discípulo de Jesus e um dos quatro evangelista.

O Evangelho de João é diferente dos outros evangelhos escritos por Mateus, Marcos e Lucas. Os três evangelistas narram muitos milagres e diálogos de Jesus. Em João encontramos apenas sete milagres, que são chamados de sinais, e alguns discursos que se desenvolvem lentamente, repetindo sempre os mesmos temas-chaves. Como uma espécie de meditação, João escreve, procurando aprofundar e mostrar o conteúdo da catequese existente em sua comunidade. Seus escritos visa a despertar e a alimentar a fé em Jesus Cristo.

O Evangelho de Jesus segundo João, assim como as cartas de Paulo, é um dos documentos mais importantes para o Cristianismo e para a Patrística.

O grande tema de toda a Filosofia patrística é o da possibilidade de conciliar razão e fé, e, a esse respeito, havia três posições principais:

1. Os que julgavam fé e razão irreconciliáveis e a fé superior à razão.

2. Os que julgavam fé e razão conciliáveis, mas subordinavam a razão à fé.

3. Os que julgavam razão e fé irreconciliáveis, mas afirmavam que cada uma delas tem seu campo próprio de conhecimento e não devem misturar-se (a razão se refere a tudo o que concerne à vida temporal dos homens no mundo; a fé, a tudo o que se refere à salvação da alma e à vida eterna futura).

O Principal filosofo da Patrística foi Agostinho de Hipona, para os católicos Santo Agostinho (354 – 430 d.C).

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