Após a Segunda Guerra Mundial, houve um otimismo muito grande com a evolução das civilizações, acreditava-se após a barbaria da guerra o ser humano buscaria um mundo muito melhor para se viver. No entanto, o que se viu foi um mundo dividido em duas grandes potências mundiais.
De um lado tínhamos os
Estados Unidos da América (EUA) que fazia a propaganda da evolução de um
liberalismo e de uma democracia capitalista. No entanto, um paradoxo foi criado
pelos EUA, em quanto defendia a democracia em seu país, financiava ditaduras
militares em países chamados na época de terceiro mundo, principalmente na
América Latina.
De outro lado tínhamos
a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), que defendiam o
socialismo, mas esse socialismo soviético também tinha seus paradoxos. Longe do
socialismo marxista, a URSS mostrou para o mundo um totalitarismo próximo aos
do Nazismo e Fascismo.
Esses dois blocos mundiais
ao longo de 40 anos de história da humanidade ditou o rumo de muitos países.
No Brasil não foi
diferente, o pós-guerra provocou a renúncia do Presidente da República Getulio
Vargas (mais tarde seria eleito novamente presidente da República). Após esse
fato as tensões no país, provocadas por interesses internacionais
(principalmente dos EUA), culminou no golpe militar em 1964. Nesse período
direitos fundamentais foram revogados e a censura instalada.
Na década de 80 do
século passado a América Latina começava a se libertar das ditaduras e um surto
democrático toma conta do mundo com o fim da Guerra Fria.
Mas após as ditaduras
latinas e o fim da guerra fria o que nos restou? Que mundo foi criado após
esses episódios da história da humanidade?
Mergulhamos em um mundo
hedonista e individualista. O capitalismo tomou conta das nações e os
interesses de alguns grupos econômicos enterraram de vez a possibilidade de um
pensar coletivo crítico.
O pensar coletivo,
idealizado na Grécia Antiga, foi substituído por um egoísmo de uma massa de
cidadãos que só pensam em si e são conduzidos por interesse particulares. A
ignorância política (agir coletivo) dos tempos atuais é tão profunda que o povo
não sabe que é ignorante.
A democracia brasileira
é uma piada, o sistema eleitoral é corrupto. Eleitores vendem seus votos por
migalhas e campanhas milionárias elegem governadores, prefeitos das principais
cidades do país e o presidente da república.
O poder econômico tomou
conta do poder ideológico e usurpou o poder político.
A crise das
civilizações está diretamente relacionada com o egoísmo humano e a não
valorização do pensar crítico. O que falta é pensar em comunhão, o agir junto,
acreditar que os problemas da sociedade não serão resolvidos do sofá de nossas
casas. A zona de conforto do nosso egoísmo nos engessa a lutar por um mundo
melhor. Buscamos nos governos a solução dos problemas e o que nos aparece são
governantes que dizem representar o povo, mas representam grupos econômicos.
Precisamos de uma
metanoia!