sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Crise da civilização



Após a Segunda Guerra Mundial, houve um otimismo muito grande com a evolução das civilizações, acreditava-se após a barbaria da guerra o ser humano buscaria um mundo muito melhor para se viver. No entanto, o que se viu foi um mundo dividido em duas grandes potências mundiais.
De um lado tínhamos os Estados Unidos da América (EUA) que fazia a propaganda da evolução de um liberalismo e de uma democracia capitalista. No entanto, um paradoxo foi criado pelos EUA, em quanto defendia a democracia em seu país, financiava ditaduras militares em países chamados na época de terceiro mundo, principalmente na América Latina.
De outro lado tínhamos a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), que defendiam o socialismo, mas esse socialismo soviético também tinha seus paradoxos. Longe do socialismo marxista, a URSS mostrou para o mundo um totalitarismo próximo aos do Nazismo e Fascismo.
Esses dois blocos mundiais ao longo de 40 anos de história da humanidade ditou o rumo de muitos países.
No Brasil não foi diferente, o pós-guerra provocou a renúncia do Presidente da República Getulio Vargas (mais tarde seria eleito novamente presidente da República). Após esse fato as tensões no país, provocadas por interesses internacionais (principalmente dos EUA), culminou no golpe militar em 1964. Nesse período direitos fundamentais foram revogados e a censura instalada.
Na década de 80 do século passado a América Latina começava a se libertar das ditaduras e um surto democrático toma conta do mundo com o fim da Guerra Fria.
Mas após as ditaduras latinas e o fim da guerra fria o que nos restou? Que mundo foi criado após esses episódios da história da humanidade?
Mergulhamos em um mundo hedonista e individualista. O capitalismo tomou conta das nações e os interesses de alguns grupos econômicos enterraram de vez a possibilidade de um pensar coletivo crítico.
O pensar coletivo, idealizado na Grécia Antiga, foi substituído por um egoísmo de uma massa de cidadãos que só pensam em si e são conduzidos por interesse particulares. A ignorância política (agir coletivo) dos tempos atuais é tão profunda que o povo não sabe que é ignorante.
A democracia brasileira é uma piada, o sistema eleitoral é corrupto. Eleitores vendem seus votos por migalhas e campanhas milionárias elegem governadores, prefeitos das principais cidades do país e o presidente da república.
O poder econômico tomou conta do poder ideológico e usurpou o poder político.
A crise das civilizações está diretamente relacionada com o egoísmo humano e a não valorização do pensar crítico. O que falta é pensar em comunhão, o agir junto, acreditar que os problemas da sociedade não serão resolvidos do sofá de nossas casas. A zona de conforto do nosso egoísmo nos engessa a lutar por um mundo melhor. Buscamos nos governos a solução dos problemas e o que nos aparece são governantes que dizem representar o povo, mas representam grupos econômicos.

Precisamos de uma metanoia!